O Município pretende sair da lista dos que mais desmatam a Amazônia e entrar na lista dos que promovem o desenvolvimento sustentável local.
Aconteceu no dia 22 de julho de 2011 a II Conferência Municipal de Meio Ambiente de Abel Figueiredo, organizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que teve por tema “Abel Figueiredo: Desmatamento zero e produção 10! Em busca da sustentabilidade do Município”.
Na ocasião foram discutidos aspectos da gestão ambiental, como: as queimadas e o avanço do desmatamento, a poluição dos mananciais hídricos, o licenciamento de atividades causadoras de impacto local, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), e a promoção do desenvolvimento sustentável local.
A conferência teve como palestrantes o engenheiro agrônomo Zacarias Sousa Costa, técnico ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – Regional Carajás, que apresentou os passos para o Licenciamento Ambiental Rural (LAR) e Cadastro Ambiental Rural (CAR); já o advogado ambientalista Fidélis Paixão, apresentou os conceitos e os passos para implementação da gestão ambiental focada na promoção do desenvolvimento sustentável local.
A Câmara Municipal esteve representada pelo 1º secretário vereador Carlos Amorim (PP), e pelos vereadores Célio Mendes (PP), Nailson Oliveira (PDT) e Joaquim Rodrigues (PT). O vice-prefeito, Jardison Batista, na função de prefeito em exercício, representou o Poder Executivo, junto com o Secretário Municipal de Educação, prof. Elias Santos, que apoiou a coordenação dos trabalhos.
Durante a Conferência foram eleitas as entidades que irão compor o Conselho Municipal do Meio Ambiente, tendo sido escolhidas por maioria de votos: o Sindicato dos Produtores Rurais e a Associação Integrada dos Pequenos e Médios Produtores Rurais, representando o setor produtivo patronal; o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação, representando o setor produtivo laboral; a Igreja Adventista, o Clube de Mães e a Associação Global dos Moradores de Abel Figueiredo, representando as entidades da sociedade civil. A essas organizações irão se juntar um representante da Câmara de Vereadores, dois representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e três representantes dos demais órgãos da administração pública municipal que integram o Sistema Municipal do Meio Ambiente.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Abel Figueiredo, criado pela Lei Municipal 168/2011, formado com maioria da sociedade civil, tem caráter deliberativo e atribuição de estabelecer as normas e diretrizes para a gestão ambiental municipal.
Com a realização da Conferência, Abel Figueiredo, que tem uma população de 7.000 (sete mil) habitantes, o menor do Estado do Pará e está na lista dos que mais desmatam a Amazônia, o Município cumpre mais uma etapa no seu esforço para descentralizar a gestão ambiental, passando a exercer seu poder de licenciamento e fiscalização e alcançar a meta do desmatamento zero, sair da lista dos que mais desmatam e construir alternativas de desenvolvimento sustentável para a comunidade. Recentemente o Município aprovou sua Lei Ambiental e a Lei de Taxas Ambientais, assinou Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público Federal e Termo Parceria com a IMAZON, organização não governamental que está coordenando as ações do Programa Municípios Verdes, em conjunto com o Governo do Estado.
A COMVIDA está apoiando essa iniciativa do Município de Abel Figueiredo, através de parceria para execução de atividades de educação ambiental, mobilização comunitária e elaboração dos instrumentos jurídicos para a Gestão Ambiental Municipal. O Projeto “Eu Me Importo Com Tudo Que Deus Criou”, sob coordenação da ComVida e da SEMMA, está promovendo consciência ambiental e cidadã nas Igrejas do Município, junto com atividades de mobilização da sociedade local para a recuperação de áreas degradadas.
Para o coordenador da ComVida, Fidelis Paixão, a realização da Conferência Municipal do Meio Ambiente é "um marco na história do Município", por oportunizar a participação da sociedade na formulação da política ambiental municipal e constituir os consensos necessários para transformação da realidade ambiental regional e pactuar os passos para promoção do desenvolvimento sustentável local.