“Não se amolde nem se conforme aos padrões do mundo, mas transforme a sua mente e o seu entendimento, de modo que você possa experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Esse foi o conselho do apóstolo Paulo aos jovens de sua época, registrado no capítulo 2 de sua carta aos romanos. “Vá contra a corrente, não tenha receio de nadar em direção contrária a que todos navegam”, são palavras que poderiam perfeitamente complementar esse conselho.
Roma era o império dominante da época e não é por acaso que o conselho seja direcionado justamente àqueles que viviam no epicentro do governo mundial. Se a carta fosse escrita aos jovens de hoje, e suas palavras ecoam para a atual e futuras gerações, Paulo estaria nos dizendo a não nos moldarmos aos valores éticos e morais dominantes em nossa sociedade cujos valores predominantes são arquitetados nos laboratórios das grandes corporações e companhias industriais.
Muito se tem falado sobre nosso tempo, mas se uma característica se sobrepõe a todas as demais, certamente podemos nos autodenominar como a geração one way. O mundo tem estimulado a juventude à máxima realização do prazer: carpe diem, diriam os modernos poetas patéticos. O prazer aliena o outro e torna tudo e todos objetos da satisfação pessoal, deixando um rastro de destruição que vai da alma ao meio ambiente. Os valores morais são neutros, não existe mais uma verdade, faça a sua, viva à sua maneira e seja feliz, anunciam os arautos da pós-modernidade que produzem marcas e estilos ao gosto de cada freguês.
Durante 3 dias jovens de diversos municípios reuniram-se em Belém, nas dependências do MAR – Ministério Ágape da Restauração para refletirem sobre essas questões e se organizarem para o bom combate. – “Contracorrente, a revolução já começou!”, bradaram ao som de músicas que falam do amor que restaura e resgata todas as coisas para o propósito de sua criação. O profeta Guillermo Losio, autor do livro “Conquistado para conquistar” proferiu as palestras do encontro, acompanhados dos apóstolos Rafael e Alathéa Ortiz.
Os jovens Mariel (19) e Rafael (18 anos) participaram do Encontro, representando a COMVIDA. Para Mariel (foto) o mundo é facilmente influenciável. “Quantos, ainda agora, ou antigamente, não compraram algo porque aquele amigo tinha, ou viram aquele tênis de R$ 250,00 na televisão e compraram mesmo sem poder? Novelas influenciam, e muitos outros. Quem não se lembra do fenômeno mundial RBD fazendo a cabeça e a moda das pessoas?” Indaga o jovem, confirmando seu pensamento. Mariel está determinado a influenciar o mundo e continua indagando “de que forma devemos, como cristãos, influenciar o mundo. Mas como faremos isso?”, ao que ele mesmo responde “simples, estabelecendo a Cultura do Reino no mundo e influenciando sua cultura corrente”.
Mariel e Rafael atuam como monitores de informática na COMVIDA a mais de um ano. Ao participar do encontro, Rafael (foto) disse que passou a entender o que a COMVIDA representa como o projeto de Deus para transformação da cultura de sua cidade, Rondon do Pará. Comprometido com essa transformação, ou seria melhor dizer, com essa revolução, Rafael se declara mais motivado e comprometido a partir de agora “quando se tem o entendimento do que é o trabalho de Deus para uma cidade ou qualquer outro lugar, você tem vontade de trabalhar junto, pra fazer com que esse projeto cresça mais ainda”, afirma.
A disposição de Rafael para se aperfeiçoar naquilo que se propõe a fazer é semelhante ao que declara Mariel ao se indagar o porquê Davi levou cinco pedras pra enfrentar Golias. “Muitos dizem que são os cinco ministérios, sei lá, mais ouvi essa semana uma definição interessante, que Davi servia e confiava em Deus (O Senhor, que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu. I Samuel 17,37), sabia que Ele era o seu Pai e estaria à sua frente em qualquer batalha, mas Davi levou cinco pedras, também, porque ele estava preparado para errar. Ele sabia que se errasse teria outra pedra para atirar no gigante".
“Mas como assim? Não estamos falando em revolucionar? Em mudar a história do mundo? Que o nosso Senhor está a nossa frente?” Indaga Mariel, para responder prontamente, prosseguindo sua reflexão: “Sim estamos falando nisso tudo, mas devemos saber nos levantar após uma queda. Quantas vezes nós estamos em uma luta e caímos ai o diabo pisa e abusa de nós e ficamos lá só choramingando? O Senhor quer nos moldar fortes e inabaláveis. Ele quer ter a certeza de que se cairmos não permaneceremos prostrados. Isso quando não acontece dessa forma: (E vestiu a Davi da sua própria armadura, pôs-lhe sobre a cabeça um capacete de bronze, e o vestiu de uma couraça. Davi cingiu a espada sobre a armadura e procurou em vão andar, pois não estava acostumado àquilo. Então disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois não estou acostumado. E Davi tirou aquilo de sobre si.) I Samuel 17,37-39”.
Mariel conclui sua reflexão afirmando que “nesse episódio vemos uma coisa que acontece muito, toda vez que um revolucionário se levanta pra lutar, contra os de fora, o mundo tenta reafirmar sua cultura e influência sobre ele. Veja que a armadura de Saul significa, para nós agora, a cultura do mundo sempre tentando ficar sobre nós, quando na verdade nós que devemos estabelecer nossa cultura sobre o mundo. Mas qual a nossa cultura? A cultura do Reino. Nossos princípios foram transformados pela Cruz do Calvário. Pelo Sangue de Jesus fomos justificados e santificados, (mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus) I Coríntios 6:11, nossa cultura agora é santa e sem manchas. 'Ai! mas como pode ser? Se ontem mesmo eu errei?' Tenho uma coisa pra te falar: 'Eu também'. Temos que ter nossas mentes transformadas e inabaláveis, saber que erramos sim, mas que Ele é fiel e justo pra nos perdoar e nos limpar de toda injustiça quando reconhecemos e pedimos perdão. (Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça) I João 1:9".
É isso aí, remando, navegando, nadando, caminhando, cantando, voando, seja como for, estamos contra a corrente, transformando e renovando, bradando: A REVOLUÇÃO JÁ COMEÇOU, JUNTE-SE A NÓS!
Nenhum comentário:
Postar um comentário